domingo, outubro 15, 2006

 

História da Cibernética

De uma maneira geral reconhece-se que o aparecimento científico data de 1948, quando o matemático americano Norbert Wiener publicou o seu trabalho «Cibernética ou regulação e Comunicação no animal e na máquina».
A palavra «cibernética» não era um neologismo de Wiener. Este termo foi empregado cerca de oitenta anos antes pelo físico Inglês Maxwell para determinar os estudos dos mecanismos de repetição. No entanto, não é a Maxwell que se deve a criação da palavra «cibernética». O célebre físico Francês Ampére já a utilizara muitas dezenas de anos antes de Maxwell. A verdade é que Ampére considerava como tal, não a automação, mas a ciência dos meios de governo assegurando aos cidadãos a possibilidade de usufruir plenamente as benesses deste mundo.
Enfim, muitos séculos antes de Ampére, o filósofo grego Platão servia-se da palavra «cibernética», em grego kubernêtes que significa piloto, para designar a arte de pilotagem, bem como, num sentido figurado, a arte de dirigir os homens.
Ora, a ciência tanto quanto ciência na concepção moderna definida por Norbert Wiener, é a teoria da regulação e da comunicação, quer na máquina quer no animal.
O mérito deste matemático consiste em ter sido ele o primeiro a compreender que, graças aos progressos de um grande número de disciplinas científicas (a fisiologia, que desenvolveu principalmente sob o impulso dos trabalhos de L. Pavlov; a teoria da informação criada pelo matemático soviético A Kolmogorov sobre a teoria das probabilidades; a teoria dos autómatos desenvolvida um dos maiores físicos do nosso século, John Von Neumann.

APLICAÇÕES DA CIBERNÉTICA

Existem robôs para as mais variadas aplicações, desde os monotarefa aos multitarefa, dos industriais aos domésticos, passando pelos militares e laboratoriais.
Os robôs industriais não se parecem com os humanos, mas fazem o trabalho deles, substituindo-os no desempenho das tarefas desagradáveis e nocivas para as pessoas. O conceito do robo industrial foi patenteado por G. C. Devol, em 1954.
Atualmente, várias empresas estão a dedicar-se ao desenvolvimento e fabrico de robos. No Japão, em 1985, o volume de produção foi na ordem das 48000 unidades, o equivalente a 1,8milhões de dólares.
A aplicação de robôs mais generalizada é a industrial, isto é, exercendo funções repetitivas de produção direta ou de controle de processos de fabrico, em vários ramos da indústria. Certas fábricas de automóveis estão hoje completamente robotizadas, precedendo os robôs às tarefas de, por exemplo, soldadura por pontos, aplicação de parafusos e/ou pernes, ajustes mecânicos, pintura, entre outros. As vantagens dos robôs industriais podem resumir-se da seguinte maneira: flexibilidade, alta produtividade, melhor qualidade dos produtos e aumento da qualidade da vida humana, pelo desempenho de tarefas indesejadas.
As aplicações não industriais estão numa fase embrionária e pouco generalizada, contudo, já existem aplicações reais e concretas conforme um robô experimental para tosquiar ovelhas, incluindo todo o dispositivo de posicionamento dos animais, com sensores de detecção de presença e altura de lã.
Também em tecnologia espacial a robótica tem tido aplicação. Recorde-se a grande utilidade do "braço" usado para a elaboração de tarefas no espaço, aquando dos primeiros voos do Space Shuttle Colombia, em 1981-82.
De igual modo, os robots são utilizados em instalações nucleares para transportar plutónio, substituindo o homem numa tarefa de alto risco.
Os andróides, robots copiando a figura humana, tão conhecidos da ficção científica, vão sendo cada vez mais realidade, com capacidade de visão, olfacto, tacto e voz. É perfeitamente possível que no início do século XXI, com o nível de conhecimento de robótica já dominados, se vejam os robots móveis também nos hospitais, nas lojas, nos escritórios, nas bombas de gasolina, nos transportes e nos lares, fazendo grande parte dos trabalhos domésticos.

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